A morte de Eduardo Campos
Neto de Miguel Arraes, Campos trazia o DNA de quem um dia fundou as ligas camponesas, embrião de uma reforma profunda nas bases sociais e, claro, nos partidos políticos sob o julgo de verdadeiros latifúndios familiares./
Muitos tentaram e não conseguiram furar o bloqueio formado por PT e PMDB, desde 1994./Eduardo Campos encarnava a esperança do brasileiro, mesmo no ápice da extrema desconfiança com a classe política./Ao escolher Marina Silva, lá do Acre, como companheira de chapa, também quebrou o maniqueísmo do café-com-leite, onde São Paulo e Minas Gerais sempre dão as cartas na sucessão presidencial./
Ele tinha ligações diretas com a Paraíba./ Era amigo pessoal do governador Ricardo Coutinho e do senador Cássio Cunha Lima./ Aliás, quando souberam da tragédia, os dois ficaram chocados e choraram./ Campos tinha o respeito de Ariano Suassuna, que morreu dias atrás./ A viúva Renata Campos é sobrinha do escritor paraibano./
Uma vez Ulysses Guimarães disse: “Voo livre, cantando e transparente como o vento. Vou morrer fardado, não de pijamas”. Eduardo Campos, como o seu avô, morreu num 13 agosto, e como um soldado aguerrido em plena batalha./
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