A morte de Eduardo Campos
14 de agosto de 2014
Redação

É uma tragédia no cenário político brasileiro./ Eduardo Campos talvez não tivesse o favoritismo de ganhar a disputa pela Presidência da República, mas era uma estrela em ascensão./ Não há outro político jovem fora do PT e do PSDB que já tenha construído uma carreira tão robusta como a dele./

Neto de Miguel Arraes, Campos trazia o DNA de quem um dia fundou as ligas camponesas, embrião de uma reforma profunda nas bases sociais e, claro, nos partidos políticos sob o julgo de verdadeiros latifúndios familiares./

Muitos tentaram e não conseguiram furar o bloqueio formado por PT e PMDB, desde 1994./Eduardo Campos encarnava a esperança do brasileiro, mesmo no ápice da extrema desconfiança com a classe política./Ao escolher Marina Silva, lá do Acre, como companheira de chapa, também quebrou o maniqueísmo do café-com-leite, onde São Paulo e Minas Gerais sempre dão as cartas na sucessão presidencial./

Ele tinha ligações diretas com a Paraíba./ Era amigo pessoal do governador Ricardo Coutinho e do senador Cássio Cunha Lima./ Aliás, quando souberam da tragédia, os dois ficaram chocados e choraram./ Campos tinha o respeito de Ariano Suassuna, que morreu dias atrás./ A viúva Renata Campos é sobrinha do escritor paraibano./

Uma vez Ulysses Guimarães disse: “Voo livre, cantando e transparente como o vento. Vou morrer fardado, não de pijamas”. Eduardo Campos, como o seu avô, morreu num 13 agosto, e como um soldado aguerrido em plena batalha./

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