Após reação negativa, Governo Federal suspende tabela do leite de cabra no NE; PB teria o menor preço
24 de janeiro de 2025
Redação

O vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), anunciou que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome suspendeu a tabela de reajustes para o preço do leite de cabra no Nordeste. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (24), após um telefonema do ministro Wellington Dias, atendendo a solicitação do senador.

A tabela, criticada por lideranças políticas e produtores, havia colocado a Paraíba, maior produtora nacional de leite de cabra, em último lugar no índice de reajustes da região, com valores inferiores aos de outros estados nordestinos. Segundo Veneziano, uma reunião será realizada entre o Ministério, a Conab e o Ministério do Desenvolvimento Agrário para reavaliar os critérios e recompor os valores.

Em informação publicada em primeira mão pelo blog hermesdeluna.com.br, no dia 22 de janeiro de 2025, o reajuste anterior, que elevou o litro do leite de R$ 2,70 para R$ 3,33, gerou insatisfação, já que estados como Pernambuco e Bahia ultrapassaram os R$ 5,00 por litro. Produtores locais apontaram prejuízos econômicos e impacto na cadeia produtiva.

O reajuste no preço do leite de cabra, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, gerou críticas entre lideranças políticas e produtores da Paraíba. Apesar de ser o maior produtor nacional, com mais de 30 mil litros por dia, o estado ficou em último lugar no índice de reajustes do Nordeste, com o litro passando de R$ 2,70 para R$ 3,33, enquanto estados como Pernambuco e Bahia ultrapassaram os R$ 5,00.

Lideranças locais classificaram a medida como insuficiente e injusta. O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) cobrou a revisão dos valores e destacou o impacto negativo para os produtores. “A Paraíba, que lidera a produção nacional, não pode ser penalizada com o menor valor da região. É essencial que os valores sejam equiparados aos de estados vizinhos”, afirmou.

O senador Efraim Filho (União Brasil-PB) também criticou a decisão. “Esse reajuste penaliza os pequenos produtores e enfraquece uma cadeia produtiva essencial para a economia local e o combate à fome. Essa diferença nos valores é inaceitável e precisa ser questionada”, declarou. Ele ressaltou a importância do leite de cabra nos programas sociais e na economia regional, especialmente na região do Cariri, maior polo produtor do estado.

O presidente da APACCO (Associação Paraibana dos Criadores de Caprinos e Ovinos), Júnior Nóbrega, classificou o reajuste como injusto e prejudicial. Ele lembrou que o governo estadual investiu no setor, inclusive mantendo o Programa do Leite por quase seis meses sem repasses do governo federal, e reforçou a necessidade de mobilização política para reavaliar os valores.

O prefeito de São José dos Cordeiros, Felício Queiroz, apontou os prejuízos que a medida pode trazer para os pequenos produtores do Cariri. No Curimataú, o ex-prefeito de Barra de Santa Rosa, Neto Nepomuceno, defendeu o setor como uma alternativa viável para a geração de renda no semiárido, afirmando que a tabela reforça dificuldades históricas enfrentadas pelos criadores.

Produtores esperam que a situação seja revertida e que os critérios de reajuste sejam reavaliados para valorizar a produção da Paraíba. Lideranças políticas e representantes do setor têm buscado diálogo com o governo federal para corrigir o que classificam como uma injustiça.

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