Baixa utilização da Eficiência Energética compromete renda da população
14 de julho de 2022
Redação

Relatório elaborado pela Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN DESA), Banco Mundial e Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 759 milhões de pessoas ainda vivem sem eletricidade no mundo. No Brasil, estudo realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), mostra que o gasto com gás e energia elétrica já compromete metade ou mais da renda de 46% das famílias brasileiras.
Entre os mais de dois mil brasileiros ouvidos, 90% afirmam que o atual valor da conta de luz está impactando “muito” ou “um pouco” o dia-a-dia das famílias. Ainda de acordo com o estudo, nada menos do que 22% dos participantes chegaram a diminuir a compra de alimentos básicos para garantir a energia em suas residências, índice que aumenta para 28% entre os nordestinos. Além disso, 14% deixaram de pagar contas básicas como as de água e gás encanado.
“O cenário só reforça a necessidade de implementação e expansão das ações de Eficiência Energética (EE) em todos os setores da sociedade. É preciso conscientizar e modernizar os equipamentos utilizados na indústria, comércio e residências. A falta de acesso a aparelhos que permitem melhor uso da energia e que viabilizem a redução de custos contribui para comprometer a renda da população”, afirma Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).
Um exemplo de como essa modernização pode avançar é o novo programa de etiquetagem do Inmetro, que começou a vigorar em 1º de julho e determina que todas as geladeiras que chegarem ao mercado nacional devem apresentar a nova Etiqueta de Conservação de Energia Elétrica (ENCE). Além das subclasses indicando a diferença de consumo de até 30% entre os produtos mais eficientes, a nova etiqueta possui um QR Code, dando ao consumidor uma série de dados que podem ajudá-lo na decisão de compra do equipamento mais eficiente energeticamente e obviamente mais barato em termos de consumo.
EE gera economia
Os objetivos da chamada eficiência energética são: gerar a mesma quantidade de energia consumindo menos recursos naturais, e obter o mesmo desempenho de um aparelho (seja residencial ou industrial) com um menor gasto de energia. Assim, pode-se definir eficiência energética como o uso racional e inteligente de energia, com o objetivo de realizar os mesmos processos, utilizando menos recursos.
“Não existe progresso, desenvolvimento e conforto para a sociedade sem a utilização de energia elétrica, e este consumo precisa ser racional e eficiente. A eficiência energética, além de poupar os recursos naturais, evita que sejam necessários investimentos bilionários na geração e distribuição e que haja uma tarifa cada vez mais cara para o consumidor, diminuindo o impacto sobre a sua renda”, finaliza o presidente da ABESCO, Bruno Herbert.
Sobre a ABESCO
Fundada em 1997, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), entidade civil sem fins lucrativos, representa oficialmente o segmento de Eficiência Energética brasileiro. Composta por empresas de diversas áreas, a ABESCO busca fomentar e promover ações e projetos para o crescimento do mercado de Eficiência Energética, atividade que busca proporcionar meios para se produzir mais com a menor quantidade de energia.

Compartilhe: