Relatório elaborado pela Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN DESA), Banco Mundial e Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 759 milhões de pessoas ainda vivem sem eletricidade no mundo. No Brasil, estudo realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), mostra que o gasto com gás e energia elétrica já compromete metade ou mais da renda de 46% das famílias brasileiras.
Entre os mais de dois mil brasileiros ouvidos, 90% afirmam que o atual valor da conta de luz está impactando “muito” ou “um pouco” o dia-a-dia das famílias. Ainda de acordo com o estudo, nada menos do que 22% dos participantes chegaram a diminuir a compra de alimentos básicos para garantir a energia em suas residências, índice que aumenta para 28% entre os nordestinos. Além disso, 14% deixaram de pagar contas básicas como as de água e gás encanado.
“O cenário só reforça a necessidade de implementação e expansão das ações de Eficiência Energética (EE) em todos os setores da sociedade. É preciso conscientizar e modernizar os equipamentos utilizados na indústria, comércio e residências. A falta de acesso a aparelhos que permitem melhor uso da energia e que viabilizem a redução de custos contribui para comprometer a renda da população”, afirma Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).
Um exemplo de como essa modernização pode avançar é o novo programa de etiquetagem do Inmetro, que começou a vigorar em 1º de julho e determina que todas as geladeiras que chegarem ao mercado nacional devem apresentar a nova Etiqueta de Conservação de Energia Elétrica (ENCE). Além das subclasses indicando a diferença de consumo de até 30% entre os produtos mais eficientes, a nova etiqueta possui um QR Code, dando ao consumidor uma série de dados que podem ajudá-lo na decisão de compra do equipamento mais eficiente energeticamente e obviamente mais barato em termos de consumo.
EE gera economia
Os objetivos da chamada eficiência energética são: gerar a mesma quantidade de energia consumindo menos recursos naturais, e obter o mesmo desempenho de um aparelho (seja residencial ou industrial) com um menor gasto de energia. Assim, pode-se definir eficiência energética como o uso racional e inteligente de energia, com o objetivo de realizar os mesmos processos, utilizando menos recursos.
“Não existe progresso, desenvolvimento e conforto para a sociedade sem a utilização de energia elétrica, e este consumo precisa ser racional e eficiente. A eficiência energética, além de poupar os recursos naturais, evita que sejam necessários investimentos bilionários na geração e distribuição e que haja uma tarifa cada vez mais cara para o consumidor, diminuindo o impacto sobre a sua renda”, finaliza o presidente da ABESCO, Bruno Herbert.
Sobre a ABESCO
Fundada em 1997, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), entidade civil sem fins lucrativos, representa oficialmente o segmento de Eficiência Energética brasileiro. Composta por empresas de diversas áreas, a ABESCO busca fomentar e promover ações e projetos para o crescimento do mercado de Eficiência Energética, atividade que busca proporcionar meios para se produzir mais com a menor quantidade de energia.
Jornalista, radialista e advogado, formado na UFPB, Hermes de Luna tem passagens nos principais veículos de comunicação da Paraíba. É MBA em Marketing Estratégico e em mídias digitais. Apresentador e editor de TV e rádio, também atuou na editoria de portais e sites do estado. Ganhador de vários prêmios de jornalismo, na Paraíba e no Brasil.