Cagepa apresenta estudo de viabilidade para produção de biogás
24 de abril de 2023
Redação

Mais um passo foi dado pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) para iniciar a produção própria de energia a partir do biogás: nesta segunda-feira (24), a empresa apresentou os resultados do estudo de viabilidade técnica-financeira, por meio do qual a geração da energia elétrica deve ser produzida a partir do biogás liberado pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Mangabeira, em João Pessoa. O objetivo é promover uma solução inteligente para a gestão de resíduos orgânicos, diminuindo custos e também os efeitos dos gases de efeito estufa.
Participaram também da reunião representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), da Companhia Paraibana de Gás (PBGás) e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool da Paraíba (Sindalcool).
O estudo foi realizado pela empresa de consultoria GW Energia. Nos últimos meses, os especialistas fizeram um diagnóstico inicial do potencial da Cagepa, definiram a melhor rota tecnológica, para só depois desenharem um modelo de negócio personalizado e, assim, entregarem o projeto pronto para investimento, com retorno financeiro, ambiental e social.
“A ideia é buscar formas de reduzir os custos com energia elétrica, já que esses gastos representam entre 28% e 30% do custo operacional da companhia, além dos benefícios sociais e ambientais. O relatório apontou que o conceito desenvolvido para o estudo da Estação de Tratamento de Esgotos de Mangabeira pode ser replicado para outras ETEs da Cagepa, bem como pode ser usado como base para o planejamento de novas estações”, explicou o gerente de Novos Negócios e Inovação, Altamar Cardoso.
Segundo o assessor da Diretoria de Operação e Manutenção da Cagepa, Antônio Teixeira, a Companhia já caminha para ingressar no movimento de autoprodução de energias renováveis há quatro anos.
O biogás é uma mistura de vários gases: gás metano (CH4), gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), sulfeto de hidrogênio (H2S), amônia (NH3) e outros gases que aparecem em proporções menores do que 1%. O metano é um gás inflamável, inodoro, incolor e prejudicial ao meio ambiente, cujo potencial de aquecimento global é 25 vezes maior que o atribuído ao dióxido de carbono. Por isso, a recuperação do biogás tem sido promovida com o intuito de minimizar impactos ambientais e de oferecer soluções energéticas renováveis.

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