Cagepa automatiza abastecimento em Tavares
25 de agosto de 2015
Redação

Nos tempos em que cada gota de água é preciosa, a tecnologia pode dar uma mãozinha para conter o desperdício. A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) concluiu mais um projeto de automação, dessa vez, no sistema de abastecimento do município de Tavares, no Sertão do Estado. Além da economia de água, outros benefícios vieram como consequência: em menos de um mês de implantação, a Cagepa registrou uma redução de 48% nas horas extras dos funcionários e 5% no consumo de energia elétrica. Foram investidos mais de R$ 17 mil no projeto.

A implantação de sistemas controlados remotamente está nas pautas de planejamento da Cagepa desde 2010 e, este ano, está entre as prioridades da companhia. A ideia é, por meio de um sistema digitalizado, fazer com que o operador acione os conjuntos motobomba e programe o controle do nível do reservatório, evitando as perdas de extravasamento e o bombeamento desnecessário. E se no Sertão o que não falta é céu aberto, até isso está sendo aproveitado: o painel de transmissão de nível é alimentado com energia solar, economizando energia elétrica.

De acordo com o subgerente de Automação de Sistemas, Bruno Borba, os equipamentos foram cedidos pela Regional da Borborema. A Gerência de Desenvolvimento Tecnológico e Automação (Geta) da Cagepa ficou à frente de todas as etapas do processo, desde o levantamento técnico até a implantação da medida, com visitas ao local, testes do equipamento e treinamento dos operadores. 

Antes da automação, o agente de manutenção João Paulo Genésio tinha que se deslocar de madrugada para a Estação Elevatória de Tavares para poder desligar o bombeamento. Agora, João Paulo não esconde a satisfação com o novo sistema. À primeira vista, o painel da unidade terminal remota, com botões e displays, intimida. Mas já capacitado pela equipe da Geta da Cagepa, o operador manuseia facilmente o equipamento e, de quebra, não precisa trabalhar além da sua carga horária.

O subgerente de Pesquisa em Tecnologia Aplicada, Altamar Cardoso, explica que a régua de medição dos reservatórios, em breve, ficará obsoleta. Com a automação de sistemas, a marcação pintada será substituída pela régua digital, que indicam os níveis de forma precisa e na própria ETA.

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