Cássio quer o plantio de árvores em conjuntos
30 de setembro de 2015
Redação

Um pedido de vista coletivo (solicitação feita pelos senadores para examinar melhor determinado projeto, adiando, portanto, sua votação. Quem concede vista é o presidente da comissão onde a matéria está sendo examinada, pelo prazo improrrogável de até cinco dias) adiou nesta terça-feira (29), na Comissão de Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), a discussão e a votação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 443/2013 de autoria do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), que prevê a obrigatoriedade de plantio de árvores nos conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida.

O relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), defendeu a rejeição da matéria, alegando que há dispositivos legais relativos à preservação e plantio de árvores em conjuntos habitacionais.  Não é essa, por exemplo, a opinião do presidente da CMA, senador Otto Alencar (PSD-BA), para quem o projeto de Cássio é meritório.

“Quem planta árvore produz água. Essa é uma questão estratégica para o país. Falta água hoje no Nordeste, no Araguaia, diminuiu quase 20% no Rio Tocantins e vai faltar no Brasil inteiro, porque é a destruição da natureza através do homem, sem controle de todos os níveis do governo, é uma coisa criminosa”, analisou Otto.

Projeto sustentável

As alterações propostas pelo PLS 443/2013 determinam que, na adequação ambiental desses empreendimentos, sejam implantadas áreas verdes, com o plantio de, no mínimo, uma árvore por lote individualizado. Cássio também sugeriu essa medida tanto para o subprograma denominado Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), quanto nos projetos de regularização fundiária em áreas urbanas.

“O objetivo principal da proposição é garantir a sustentabilidade urbanística, social e ambiental do programa Minha Casa, Minha Vida e das áreas sujeitas à regularização fundiária de assentamentos urbanos”, ressaltou o senador.

Custo insignificante

Em sua justificativa, Cássio destaca que seria insignificante o custo associado à exigência de plantio de, no mínimo, uma árvore por lote individualizado.

“Ao mesmo tempo, essa prática asseguraria que os conjuntos habitacionais fossem contemplados com a devida adequação ambiental, social e paisagística decorrente da presença de árvores em áreas verdes, evitando que se consolidem meros conjuntos de concreto”.

Com o pedido de vista coletivo, o projeto de Cássio Cunha Lima voltará a ser discutido na Comissão de Meio Ambiente.

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