CGU apura auxílio pago a ‘filhinhos de papai’
15 de junho de 2020
Redação

O superintendente da Unidade Regional da CGU na Paraíba, Severino Queiroz, confirmou hoje as informações publicadas no blog e na coluna ‘Poder, Política & Cia’ do Portal Correio neste domingo (14). A CGU identificou 25.645 benefícios do Auxílio Emergencial pagos indevidamente a servidores públicos estaduais e municipais da Paraíba. Severino Queiroz revelou que todos esses servidores serão chamados a devolver o que receberam indevidamente. Em entrevista ao programa Correio Debate, da TV Correio, a CGU também vai atuar na apuração de gatos de gestores públicos com equipamentos e insumos para combater o novo coronavírus.

Ele disse que a CGU segue apurando o mau uso de recursos públicos e que, como no caso dos respiradores, haverá um acompanhamento mais de perto nos próximos dias. “Vamos primeiro salvar vidas. Os equipamentos chegaram e devem salvar vidas. Essa é a prioridade. Depois vamos atrás dessas irregularidades”, afirmou.

As irregularidades no recebimento do auxílio emergencial alcançaram o valor total de R$ 18.099.600,00.  “Essas pessoas poderão responder a processos no âmbito federal, diante da Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, não está descartada essa situação, e a gente pede a essas pessoas que se antecipem e procurem o site do Ministério da Cidadania para efetuar a devolução dos valores, pois já atenua e evita uma dor de cabeça maior lá na frente”, explicou.

Ele também citou o caso de pessoas que não são servidores públicos e que também não se encaixam no auxílio emergencial. Segundo ele, a CGU está acompanhando casos noticiados pela imprensa, que também serão investigados e punidos. “São pessoas de famílias bem consolidadas financeiramente. Essas pessoas, também recomendamos que efetivem a devolução, pois tudo o que for noticiado, vamos verificar as situações”, disse.

Severino Queiroz disse ainda que deve ser aberto um procedimento especial para investigar o recebimento do auxílio emergencial por pessoas que têm poder aquisitivo alto e não precisam dessa ajuda de R$ 600 do Governo Federal. Ele citou casos de jovens, filhos de pais bem sucedidos profissionalmente, que se cadastraram e receberam indevidamente as parcelas do auxílio. O superintendente da CGU confirmou que recebeu os prints da internet com dezenas de nomes desses jovens e que essa situação também será investigada.

Na página da CGU tem orientações expressas para devolução dos recursos. 

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