Teve início nesta segunda-feira (17) o 2º Censo para conhecer o perfil e a força de trabalho das pessoas que fazem funcionar o Poder Judiciário brasileiro. O levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vai até o dia 17 de maio, é voltado aos juízes/as e servidores/as dos 94 tribunais e conselhos de Justiça do País. Para isso, foram elaborados questionários eletrônicos sobre as instituições onde esses profissionais trabalham, com informações funcionais e pessoais, além da experiência profissional atual.
Nessa segunda edição serão recebidas opiniões e avaliações sobre aspectos da carreira vindas das aproximadamente 285 mil pessoas que compõem a força de trabalho do Judiciário brasileiro. O 2º Censo busca, também, subsídios que orientarão políticas e ações dirigidas às pessoas que trabalham nas diversas unidades das instituições judiciárias brasileiras, com o objetivo de aperfeiçoar a prestação de serviços à população. Assim como na primeira edição, os entrevistados terão a oportunidade de responder aos questionários eletrônicos, disponíveis no site do CNJ, de modo independente e sigiloso.
A previsão do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) é apresentar os resultados do censo em setembro deste ano, por meio de um relatório de diagnóstico, com uma seleção dos dados de maior destaque. Também está previsto o acesso às estatísticas do levantamento, através de um painel interativo, disponível no site do CNJ, que permitirá consultas de acordo com temas de interesse específico, conforme a preferência de cada usuário.
O primeiro censo foi realizado em 2013, no qual magistrados/as e servidores/as espalhados/as pelo Brasil tiveram a oportunidade de responder aos questionários eletrônicos, de modo independente e sigiloso, para que o CNJ pudesse retratar da melhor forma possível quem são e o que pensam os integrantes do Poder Judiciário. Naquele ano, a adesão ao censo do Judiciário alcançou 64% dos(as) magistrados(as) e 60% dos(as) servidores(as)
O estudo ainda pretende identificar o que esse público pensa sobre o ambiente de trabalho e sobre as políticas judiciárias em andamento. As respostas aos questionários permitirão a manutenção do registro histórico do perfil da magistratura e de todo o quadro funcional da Justiça, com características individuais e profissionais das pessoas que, no dia a dia, se dedicam, direta ou indiretamente, à prestação jurisdicional.
Os dez anos de intervalo entre os censos obrigou o CNJ a aperfeiçoar e atualizar os questionários em relação ao formato adotado em 2013. De acordo com a diretora executiva do DPJ, Gabriela Soares, “algumas perguntas foram adaptadas de forma a ajustar o levantamento à realidade mais recente, como questões de trabalho remoto e teletrabalho”, explica.
Questionários – No censo deste ano, foram inseridas questões sobre saúde mental, assédio, discriminação, violência ou ameaça sofrida pelos magistrados em decorrência da atuação jurisdicional e violência doméstica. A edição de 2013 da pesquisa possibilitou viés sobre a presença de negros(as) entre os(as) magistrados(as), estudo que deu fundamento para a adoção de política de cotas na Justiça brasileira. O tempo de preenchimento dos questionários é estimado pelo DPJ de cinco a dez minutos. Para a magistratura, são 63 perguntas, enquanto servidores e servidoras lidarão com 48 questões – nos dois casos, as respostas são objetivas, de múltiplas escolhas.
Jornalista, radialista e advogado, formado na UFPB, Hermes de Luna tem passagens nos principais veículos de comunicação da Paraíba. É MBA em Marketing Estratégico e em mídias digitais. Apresentador e editor de TV e rádio, também atuou na editoria de portais e sites do estado. Ganhador de vários prêmios de jornalismo, na Paraíba e no Brasil.