Colapso reforça importância de cisternas na Paraíba
Atualmente, nove municípios paraibanos já contam com cisternas de polietileno. São eles: Araruna, Areial, Cacimba de Dentro, Dona Inês, São Sebastião de Lagoa de Roça, Soledade, Belém do Brejo do Cruz, Igaracy, Quixaba e Lagoa. O Estado foi beneficiado com 5 mil unidades e desse total, apenas 102 faltam ser instaladas. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até dezembro deste ano. “As coisas pra gente que vive do roçado são sempre piores. As dificuldades são grandes e com a seca tudo piora. Essas cisternas vieram pra ajudar e eu não sei o que seria sem elas”, disse o agricultor Marcelo dos Santos Tomás, 30, morador do Conjunto Severino Donato, no Sítio Lajes, zona rural de Areial, cidade a 168 km de distância de João Pessoa.
Segundo a Acqualimp, fornecedora dos reservatórios na Paraíba, o material utilizado na fabricação dos equipamentos é adequado à região. "A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147o C, sendo que a temperatura máxima no semiárido pode oscilar em torno de 50o C em períodos de clima mais severo. Além disso, essa é uma tecnologia consolidada internacionalmente e utilizada há mais de duas décadas em países com temperaturas semelhantes ou até mais críticas que as encontradas no Nordeste brasileiro", explica Amauri Ramos, diretor da Companhia. A durabilidade e resistência é outra característica do equipamento. "O polietileno, por sua elasticidade, impede que os tanques apresentem fissuras e trincas. O uso do polietileno também impede vazamentos da água, assim como a contaminação por outros líquidos e resíduos sólidos. Desta forma, preserva a qualidade da água armazenada e proporciona benefícios para a saúde da população atendida. Uma cisterna de polietileno pode durar até 30 anos", conclui Ramos.