A operação da Polícia Federal teve início a partir da investigação da compra de um bolo em um leilão de igreja por um valor exorbitante de R$ 100 mil. O fato ocorreu durante um leilão realizado pela paróquia da cidade de São Bento, no Sertão da Paraíba, durante a festa de São Sebastião. O bolo se tornou alvo de uma intensa disputa entre dois grupos políticos locais, liderados por primos do religioso responsável pelo evento. O empresário conhecido como Rafinha Banana arrematou o bolo, gerando surpresa e levantando suspeitas de irregularidades.

A compra do bolo por um valor tão elevado motivou a operação “Coactum”, que culminou na realização de 22 mandados de busca e apreensão. Rafinha Banana, que arrematou o bolo e é candidato a vice-prefeito de São Bento, foi um dos alvos da operação. O Ministério Público investigou a transação do bolo, suspeitando de possíveis práticas ilegais, como abuso de poder econômico e propaganda eleitoral antecipada. A operação visava apurar crimes eleitorais, como a compra de votos e aliciamento de eleitores, além de investigar a utilização de violência e intimidação durante o processo eleitoral.

Durante o leilão, o valor do bolo subiu de forma surpreendente, com lances chegando a R$ 100 mil, evidenciando a intensa disputa entre os grupos políticos presentes. O padre Gleiber Dantas, responsável pelo evento, destacou a importância do bolo como o item mais disputado no leilão da paróquia de São Bento. A situação gerou tensão entre os grupos políticos, demonstrando uma clara disputa de poder e influência na região.

A investigação revelou que o valor pago pelo bolo foi realizado por meio de transferências e depósitos, levantando suspeitas de irregularidades. Além disso, a operação identificou a exposição exagerada de pré-candidatos e empresários durante o evento, configurando propaganda eleitoral antecipada. A Polícia Federal continua a analisar as provas coletadas durante a operação para responsabilizar os envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.