DPE dialoga com lideranças no Dia de Combate à Intolerância Religiosa
24 de janeiro de 2024
Redação

A Defensoria Pública da Paraíba (DPE-PB) esteve presente, no último sábado (21), no Café da Manhã Inter-Religioso Sabores da Paz, para dialogar sobre diversidade e respeito às religiões. A celebração aconteceu em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e teve o objetivo de estimular a troca de saberes entre os diferentes grupos e crenças religiosas do estado. O evento aconteceu no pátio externo do Hotel Globo, no centro da Capital, e foi organizado pelo Fórum Diversidade Religiosa – Paraíba.

A comemoração teve a participação de mais de 20 lideranças religiosas do estado. Além de incentivar o diálogo entre grupos religiosos, o evento também buscou estimular a troca de saberes e a coexistência pacífica entre as religiões. Na ocasião, ainda foram oferecidas comidas de diversas expressões religiosas. Os representantes trouxeram um pouco de suas culturas religiosas através das comidas.

Para a defensora pública Lycia Maria Pereira, que atua no combate a casos de intolerância religiosa na DPE-PB, o evento teve grande importância, já que promoveu uma integração entre as religiões e estimulou o respeito às diferentes expressões. “Esse encontro tem o intuito de proporcionar o diálogo e o planejamento de diversas ações afirmativas voltadas aos praticantes das mais variadas religiões. É também uma união, uma integração entre as expressões religiosas. A Defensoria Pública está aqui presente, pois possui o papel de garantir que a liberdade religiosa de cada cidadão seja respeitada. Estamos aqui para contribuir com o debate e também reafirmar o nosso compromisso na luta para inibir práticas que violem o direito de manifestação religiosa”, ressaltou a defensora pública.

Durante o evento, também foram realizadas apresentações artísticas por grupos culturais da Paraíba. Na ocasião, se apresentaram os grupos Afoxé Ilê Áwá e Ita Omi, do município de Itabaiana.

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa – A data foi instituída por meio da Lei 11.635/2007, em homenagem à Mãe Gilda (Gildásia dos Santos), fundadora do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, em Salvador. A Iyalorixá baiana foi alvo de diversos episódios de difamação e intolerância religiosa, tendo sua casa e terreiro invadidos por um grupo fundamentalista de outra religião.

Mãe Gilda faleceu em 21 de janeiro de 2000, vítima de infarto. Ela é considerada um dos símbolos da luta contra o racismo religioso.

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