Crise na direita? O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que irá se filiar ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na próxima quinta-feira (15). O anúncio foi o bastante para lideranças política ameaçarem deixar a sigla, porque não teriam sido ouvidos sobre uma pretensa intenção da direção nacional de lançar Queiroga como pré-candidato a prefeito de João Pessoa, no ano que vem.
O nome do ex-ministro da Saúde teria o aval do Diretório Nacional e do presidente da sigla na Paraíba, o deputado federal Wellington Roberto (PL). “Nós vamos nos filiar formalmente ao partido. É uma formalização porque, na verdade, eu já tenho trabalhado com as lideranças do Partido Liberal em Brasília. Isso inclui não só o presidente Jair Bolsonaro, mas também o presidente nacional Valdemar Costa Neto e o general Braga Netto, que foi meu colega de ministério”, disse Queiroga.
Logo depois, o radialista Nilvan Ferreira, o deputado estadual Walber Virgolino e o deputado federal Cabo Gilberto afirmaram que não aceitariam a imposição de nomes.
Cabo Gilberto considerou não é justo que, ocupando essa posição, suas decisões sejam ‘menosprezadas’.“Escolhido por quem? Quem tem que escolher o candidato é a gente que foi majoritário em João Pessoa, não é assim não amigo. Eu recebi o diretório municipal e é como se eu não mandasse em nada. Se for assim eu entrego o diretório. Eu não vou querer comandar o diretório e não ter poder de decisão. Eu quero decidir com a base que foi votada, que trabalhou para Bolsonaro duro aqui”’, disse.
À noite, o ex-ministro da Saúde minimizou o princípio de incêndio, afirmando que o alvo não seria as eleições municipais do ano que vem, mas a construção de um projeto para as eleições estaduais, em 2026.