Golpistas se passam por presidente do TCE-PB
17 de junho de 2020
Redação

Só este ano, foram seis tentativas de golpes registradas oficialmente. Cinco só esta semana e em pelo menos uma delas os golpistas teriam conseguido arrancar R$ 6 mil reais de um prefeito. Os golpistas usam um perfil falso, com número que não corresponde ao do celular do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Arnóbio Viana. Mas eles enviam mensagens para os prefeitos paraibanos se passando pelo presidente do TCE e, com muita conversa, conseguem convencer os gestores a efetuarem depósitos numa conta fraudulenta. Os prefeitos que caíram no golpe estavam convencidos de que se tratava mesmo do conselheiro Arnóbio Viana.

Na abertura da sessão do TCE-PB desta quarta, o presidente Arnóbio Viana disse que prossegue a ação da Polícia para identificação e prisão de envolvidos com golpes em prefeitos, vereadores, ou outros gestores públicos paraibanos.  As investigações, neste sentido, são conduzidas pelo delegado de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, Gustavo Carletto. O que se sabe é que as ligações partiram do Rio Grande do Norte, segundo relevou Arnóbio na sessão remota.

Ele já havia encaminhado ao secretário da Segurança e da Defesa Institucional, Jean Francisco Bezerra Nunes, em inícios de março passado. O documento informava sobre o modo de operação dos golpistas narrado por alguns prefeitos. Nota Pública do TCE – emitida em 28 de fevereiro e com farta divulgação pelos órgãos da Imprensa – denunciava, igualmente, a atuação dos bandidos.

O golpe também consiste em telefonemas, em nome do presidente do TCE, para gestores públicos então solicitados a retornar as ligações. Ao assim proceder, a vítima é informada de que deve fazer transferência de dinheiro para determinada conta bancária. “Trata-se de golpe perpetrado por criminosos de alta periculosidade, o que demanda a apuração rigorosa dos fatos” disse o ofício do conselheiro Arnóbio Viana ao secretário da Segurança e da Defesa Institucional. Este último também era solicitado a tratar do assunto com a Consultoria Jurídica e a Assessoria de Segurança do Tribunal de Contas.

Contatos feitos, insistentemente, neste sentido, com a autoridade policial têm permitido que o TCE seja informado, desde então, do andamento das investigações.

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