Judiciário endurece contra institutos de pesquisa e ALPB discute CPI para apurar fraudes
18 de setembro de 2024
Redação

O Ministério Público aceitou uma notícia-crime contra o Instituto Ranking de Pesquisa, acusado de descumprir ordem judicial sobre a divulgação de dados eleitorais registrados sob o número PB 09374/2024. A ação foi movida pelo diretório do União Brasil em Campina Grande, após o instituto não fornecer informações detalhadas sobre a pesquisa, conforme determinado pela juíza da 17ª Zona Eleitoral. Mesmo com prazos adicionais, o instituto permaneceu em silêncio, o que levou à apresentação da notícia-crime.

Com base no artigo 19 da Resolução 23.600/2019, que prevê detenção e multa para o não cumprimento de decisões judiciais em relação a pesquisas eleitorais, o Ministério Público aceitou a denúncia e solicitou uma audiência preliminar para apurar o caso.

Paralelamente, na Assembleia Legislativa da Paraíba, o deputado Júnior Araújo (PSB) sugeriu maior rigor na regulamentação das pesquisas eleitorais após a Justiça suspender um levantamento em Cajazeiras, registrado sob o número 03673/2024. Araújo denunciou a “comercialização irresponsável” dessas pesquisas, que, segundo ele, muitas vezes manipulam a opinião pública.

Felipe Leitão, também deputado estadual, apoiou Araújo e anunciou a intenção de solicitar a abertura de uma CPI na ALPB para investigar a atuação de institutos envolvidos em fraudes, inclusive o Instituto Data Ranking, que teve sua pesquisa suspensa pela Justiça Eleitoral de Cajazeiras, sob multa de R$ 55 mil para quem a publicasse.

Os deputados reforçaram que a verdade será revelada após a abertura das urnas e que os responsáveis por manipular pesquisas deverão responder legalmente por seus atos.

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