O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) não obteve sucesso no pedido de reconsideração de um pedido feito pelo Ministério Público do Estado para que fossem sequestrados seus bens, até o valor dos prejuízos que teriam sido causados por ele aos cofres públicos e que foram detectados no âmbito da Operação Calvário.
O juiz Wolfram da Cunha Ramos, da da 3ª Vara Criminal de João Pessoa mandou bloquear R$ 2,4 milhões de uma previdência privada do ex-governador. O bloqueio do investimento veio depois que ficou constatado o valor de R$ 56 mil na conta em nome de Ricardo.
Além do sequestro da previdência privada, o magistrado também autorizou o bloqueio de quatro imóveis pertencentes a Ricardo Coutinho. Entre eles, uma casa avaliada em R$ 1,8 milhão e uma propriedade de quatro hectares, no município de Bananeiras, com valor estimado em R$ 1,6 milhão.
Atendendo um pedido da defesa, o juiz autorizou o levantamento de R$ 25.447,31 a título de verba para subsistência do ex-governador que, de acordo com as investigações do Gaeco, seria o suposto líder de uma organização criminosa que teria se instalado na área da Saúde estadual durante os seus dois mandatos de governador, de 2011 a 2018.
Ao determinar o sequestro dos R$ 2,4 milhões da conta da previdência privada, o juiz entendeu que os valores depositados não possuem natureza alimentar e são aplicações para o futuro.