Leto revela “mensalão” a Santiago e Fabiano Gomes
29 de abril de 2019
Redação

O depoimento do ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, à Polícia Federal revela detalhes do esquema montado para a compra do ex-prefeito de Cabedelo, Luceninha.  Leto confessou, em termos de declaração ao delegado Fabiano Emidio de Lucena, a compra do mandato do ex-prefeito com dinheiro repassado pelo empresário Roberto Santiago, dono do Manaíra Shopping. O empresário, contou Leto, utilizou cheques como garantia de parte do valor de negociação, pois estava descapitalizado por conta da construção do Shopping Mangabeira, em João Pessoa.

O ex-prefeito confirmou que os canhotos dos cheques, apreendidos pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Xeque Mate, correspondem , de fato, aos que foram usados nessa negociação ilícita. Segundo ele, o único objetivo de Santiago em compra o mandato de Luceninha era impedir a construção do Shopping Pátio Intermares,  por um grupo concorrente.

Leto Viana disse ao delegado da PF que a compra do mandato foi seguida de um golpe aplicado pelo radialista Fabiano Gomes, e dos vereadores Olívio Lucas Santino em Luceninha, uma vez que eles ficaram com o dinheiro, se comprometendo a pagar as dívidas do ex-prefeito, mas nunca o fizeram. Leto Viana confirmou que pagava mensalão de R$ 30 mil ao radialista por sua participação no episódio da compra do mandato de Luceninha e também “para dar cobertura na imprensa favorável ao impedimento da construção” do novo shopping em Cabedelo. Leto revelou ainda que o valor do mensalão foi reduzido para R$ 20 mil.

Após ser empossado como prefeito de Cabedelo, Leto disse que também repassava mensalmenteR$ 100 mil a Roberto Santiago, dinheiro que levava ao escritório do empresário em João Pessoa e era retirado do pagamento de contrato com empresa de lixo. Em seu depoimento ele ainda relata o esquema de pagamento para cada um dos vereadores e de assessores indicados por Roberto Santiago. O depoimento de Leto Viana foi feito na presença dos seus advogados, Jovelino Carolino Delgado Neto e Felipe Negreiros, no último dia 9 de abril.

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