Longe de grandes centros, mulheres desistem de ter filhos
7 de março de 2024
Redação

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lançou um estudo abrangente sobre a Reprodução Assistida no Brasil, revelando dados relevantes sobre o acesso e a situação dessas tecnologias.

O estudo destaca que o país possui 192 clínicas de Reprodução Assistida, sendo apenas 11 públicas, com a maioria concentrada nas regiões Sudeste e Sul.

A análise aborda desafios, como a limitada oferta de serviços gratuitos em hospitais públicos e os custos elevados dos procedimentos, variando de R$ 15 mil a R$ 100 mil.

Apesar do crescimento significativo da RA, há barreiras econômicas que dificultam o acesso, conforme ressalta Anna Cunha, oficial de programa para Saúde Reprodutiva e Direitos do UNFPA.

O estudo também apresenta recomendações para aprimorar as políticas e serviços de RA no Brasil, destacando a importância de eliminar disparidades no acesso a esses tratamentos.

Andrea Ciolette Baes, diretora de Saúde Feminina da Organon Brasil, enfatiza a necessidade de colaboração para garantir o direito fundamental à reprodução assistida e promover a saúde e bem-estar das mulheres.

O relatório da Anvisa, de 2019, evidencia um crescimento expressivo na RA no Brasil, com um aumento de 212% no número de embriões congelados e 109% nos ciclos de FIV iniciados entre 2012 e 2019. O estudo inclui depoimentos de pessoas que buscaram esses serviços, proporcionando uma visão abrangente dessa realidade no país.

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