O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Sécies), lançaram, nessa quinta-feira (20), o Programa Mais Ciência na Escola. A iniciativa tem como objetivo fortalecer o ensino de ciência e tecnologia nas escolas públicas do estado, com investimentos estimados em R$ 6 milhões para as duas primeiras fases do projeto, beneficiando 60 unidades de ensino.
A apresentação de lançamento foi realizada na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e contou com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Representando o Governo da Paraíba, o secretário das Seitas, Claudio Furtado, além dos reitores das universidades federais da Paraíba e de Campina Grande, autoridades, diretores, professores e estudantes.
O Mais Ciência na Escola estimula a busca o desenvolvimento de habilidades tecnológicas e científicas entre estudantes da educação básica. Para isso, o programa promove a implementação de laboratórios nas escolas, disponibiliza bolsas para professores e alunos, fornece materiais didáticos e incentiva a interação entre instituições de ensino superior e escolas públicas.
Na Paraíba, o programa será concluído por meio de convênio assinado nesta quinta-feira, durante o lançamento do programa, entre o MCTI, por meio do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica (DEPEC), vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (SEDES), e as Secties em parceria com instituições de ensino superior (UFPB, UFCG, UEPB e IFPB), com a participação da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).
A ministra destacou a importância do programa no processo de popularização da ciência. “Queremos que esse estado seja tão adorado de lutas libertárias como a Paraíba, de grande história e riqueza cultural, seja também cheio de meninas e meninos arretados, jovens cientistas que vão, cada vez mais, brigar para inventar soluções relevantes para o povo brasileiro”, disse a ministra.
Na primeira fase, serão implantados laboratórios makers em 30 escolas de cidades, beneficiando, a princípio, os municípios de Pocinhos, Alagoa Nova, Remígio, Lagoa Seca, Areia, Alagoa Grande, Solânea, Borborema, Belém, Dona Inês, Pedras de Fogo, Sousa, Cabedelo, Santa Rita, Picuí e Santa Luzia. Na segunda fase, transferimos o projeto para outras 30 escolas.
O secretário Claudio Furtado afirmou que o Governo do Estado vai repassar recursos, por meio de editais, para a implantação de laboratórios nas escolas. “Nossa intenção é expandir para mais municípios”. É mais uma ação de popularização da ciência para que o letramento científico possa chegar nas escolas do ensino fundamental e médio, para que mais pessoas possam fazer ciência nas escolas, enfatizou.
Os estudantes contarão com equipamentos modernos, como impressoras 3D e drones, que permitirão a realização de atividades práticas e a criação de soluções científicas aplicadas ao cotidiano. A iniciativa também prevê formação continuada para os professores, ampliando a integração entre ensino, pesquisa e inovação nas escolas.
Durante a solenidade, os estudantes e representantes de escolas receberam kits tecnológicos. O programa vai oferecer estrutura para que a educação básica tenha mais atividades práticas dando protagonismo para esses estudantes, para que com orientação e compartilhamento de conteúdo de seus professores possam desenvolver projetos, inclusive criar soluções para uso no cotidiano, na sua família, na sua comunidade, a partir do método científico, a exemplo de projetos de soluções para ruptura de barreiras, esgotamento sanitário, entre outros.
Na Paraíba, o Programa recebeu o nome da coordenação que irá executar o projeto na UFPB de Oxente Paraíba – Educação Maker, que a ministra simplificou para ‘Educação Mão na Massa’.
A reitora da UFPB, Terezinha Domiciano, destacou o programa como um dispositivo que levará a inclusão digital nas escolas. “Esse programa tira barreiras da sociedade, tornando o acesso adequado aos estudantes, com a união do Governo do Estado, Governo Federal e universidades, em fazer um trabalho de forma coletiva que permitirá a participação dos alunos e docentes das redes públicas, numa missão conjunta de ter uma inovação digital e acesso à ciência nas nossas escolas”.
O reitor da UFCG, Camilo Farias, disse que a ciência é um dos pilares da universidade. “Não tem como as universidades ficarem de fora de um processo que envolve a ciência”.
Jan David, aluno do Colégio Municipal Padre Galvão, de Pocinhos, elogiou o programa. “É um projeto muito bom que vai ajudar no desenvolvimento tecnológico do município e no nosso aprendizado estudantil”
Jornalista, radialista e advogado, formado na UFPB, Hermes de Luna tem passagens nos principais veículos de comunicação da Paraíba. É MBA em Marketing Estratégico e em mídias digitais. Apresentador e editor de TV e rádio, também atuou na editoria de portais e sites do estado. Ganhador de vários prêmios de jornalismo, na Paraíba e no Brasil.