Oposição na ALPB começa ano eleitoral dando tiro no pé. João agradece
5 de março de 2022
Redação

A oposição ao governador João Azevedo na Assembleia Legislativa iniciou o ano eleitoral dando um tiro no pé. Os deputados e deputadas batem cabeça, enquanto o governador parece ter retomado uma agenda política forte, após sua definição pelo novo partido, com visitas ao interior do Estado e anúncio de obras. Juntar “ricardistas”, “bolsonaristas”e “passistas”é provar para a população que o maior interesse é poder pelo poder. Não são apenas os aliados do ex-governador Cássio Cunha Lima e, por tabela, do seu filho, Pedro Cunha Lima (PSDB), que saem perdendo. O pré-candidato Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e seu neo-aliado Ricardo Coutinho (PT) também engolem a seco esse posicionamento incoerente.

Na Assembleia Legislativa, contam-se nos dedos os deputados e deputados que fazem oposição ao atual governador. Estão lá desde sempre, Camila Toscano e Tovar Correia Lima (do PSDB), Anderson Monteiro (MDB), Caio Roberto (PL), Cabo Gilberto (de saída do PSL) e Wallber Virgulino (Patriotas).

É essa bancada que tem reunião marcada para os próximos dias e que resolveu estender o convite (já aceito) aos novos/velhos petistas Estela Bezerra, Cida Ramos e Jeová Campos.
Tem ainda o deputado Érico Djan (que trocará o Cidadania pelo MDB) e já avisou que, faltando sete meses para as eleições, é “oposição ao governador”.

Três outros deputados nunca fizeram oposição ao governador e se equilibram entre as duas bancadas: Jane Panta e Dra Paula (ambas do Progressistas) e Moacir Rodrigues (PSL).

O que é certo é que o encontro multi-ideológico já desagradou alguns parlamentares. Wallber Virgolino já disse que fará oposição sozinho, se for o caso, mas não se junta com investigados na Operação Calvário. Moacir Rodrigues calcula que não tem sentido essa aproximação entre as duas alas oposicionistas. Falta bom senso para quem quer trocar oposição de qualidade por franco atiradores em quantidade.

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