Uma reportagem do portal Radar da Veja, publicada nesta sexta-feira (06), revela detalhes da estratégia articulada por adversários do deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos) para impedir sua candidatura à presidência da Câmara. A reunião entre líderes do União Brasil e PSD, incluindo Antonio de Rueda, Elmar Nascimento, Gilberto Kassab e Antonio Brito, resultou em uma aliança para resistir à ascensão de Motta, prevendo uma polarização entre o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro nas eleições de fevereiro de 2025.

Elmar Nascimento, em conversas com aliados, aponta que a recente postura do governo federal sugere um recuo em relação ao apoio à candidatura de Motta. Ele acredita que a atração gradual do PT e de Lula pode ser uma estratégia viável, considerando que ainda há mais de cinco meses até a eleição.

Durante uma reunião em São Paulo, na última quarta-feira, os líderes avaliaram que Motta, com o apoio do PP de Ciro Nogueira e do PL, formou um bloco de oposição com 186 deputados. Em contraposição, a base governista, que inclui União Brasil, PSD, MDB, PSB, PDT e Avante, reúne cerca de 200 deputados.

Os caciques do União Brasil e do PSD concluíram que o PT, em sua federação com PCdoB e PV, se tornou o fiel da balança na disputa pela presidência da Câmara. Em meio a essa análise, Elmar e Kassab têm enviado provocações ao Palácio do Planalto, questionando a posição do governo Lula em relação a uma possível aliança com os partidos que têm histórico bolsonarista, como Republicanos, PP e PL.

Com a situação política se desenhando, a tensão entre os grupos promete intensificar a disputa ao longo dos próximos meses, enquanto a pergunta sobre a direção das alianças políticas permanece no ar.