PMCG tem 43.19% temporários e 32,66 servidores municipais efetivos
18 de setembro de 2021
Redação

Gastos excessivos com servidores temporários não são exclusividade da Prefeitura de João Pessoa. Na segunda maior cidade do Estado, eles aparecem também mês a mês e, como na Capital, aumentam significativamente em relação aos efetivos – conversados ou que conseguiram a estabilidade por ingresso no serviço público antes da promulgação da Constituição de 1988.  Em Campina Grande ainda houve uma variação, para mais ou para menos, em alguns meses, mas as despesas voltaram a aumentar em julho, conforme está nos painéis do Sagres do Tribunal de Contas do Estado.

Em janeiro, Campina Grande tinha 4.737 temporários (29.92% do total), com uma folha de R$ 6.346.127,95 (19,88% dos gastos com pessoal). Já os efetivos eram 6.492 (41.01% do total de servidores), que representavam despesas de R$ 21.696.122,54 (51.68% da folha de pessoal).

Em fevereiro, eram 6.606 (37,28%) contratados por excepcional interesse público”, contra 6.456 efetivos (36,44%). Os temporários representavam 10.485.302,28 (23%) e os efetivos R$ 22.952.184,11 (50,35%).

Março na Prefeitura de Campina Grande eram 7.596 (40,29%) temporários e 6.422 efetivos (34,47%). Com os temporários, os gastos foram de R$ 12.526.698,69 (26.65%) e com os efetivos R$ 22.095.847,40 (47,48%).

No mês de abril os temporários contratados na PMCG eram 7.883 (41,37%) e consumiam uma folha de R$ 15.051.358,99 (30.29%). Os 6.457 efetivos (33,89%) tinham uma olha de R$ 22.100.849,08 (44.48%).

Em maio deste ano houve uma ligeira queda nos contratos temporários da PMCG – 7.484 (40.15%), com uma folha de 12.639.304,10 (26,34%), enquanto que os efetivos ficaram em 6.454 (34,62%), para uma despesa de 22.891.301,22 (47,72%)..

Para junho eram 6.992 temporários na Prefeitura de Campina Grande (38,39%); e 6.463 efetivos (35,49%). Os contratados “por excepcional interesse público” representaram R$ 12.762.918,03 (19,91%). Foi o mês onde o município apresentou os números mais baixos nessa relação de contratos temporários, tanto em quantidade quanto em valores.

Por fim, em julho as contratação foram para o alto, chegando a 8.506 (43.19%), chegando a quase o dobro da quantidade registrada em janeiro; contra os 6.432 servidores efetivos (32,66%).Só em julho, os contratos temporários ficaram com R$ 15.424.911,71 da folha de pessoal (29,86%). E os pagamentos dos salários dos servidores efetivos foram de R$ 23.327586,25, o que representou 45,32% da folha.

É bom não confundir. Servidores em cargos comissionados sempre estão presentes nas gestões e desempenham papel fundamental no serviço público. As gestões não são proibidas de contratar temporariamente alguns servidores. Além dos efetivos, temporários e comissionados, a folha de pessoal das prefeituras municipais (sem levar em conta as câmaras de vereadores) têm os eletivos. Monitoramento, como o que o Sagres permite, é balizador para se comprovar os excessos dos gestores, o que, aliás, vem de muito tempo atrás.

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