Preso vereador do Conde suspeito de corrupção
6 de maio de 2019
Redação

Equipes da Polícia Civil da Paraíba e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) deflagraram, na tarde desta segunda-feira (6), a Operação Cavalo de Troia e prenderam um vereador do município do Conde, no litoral sul da Paraíba. Ele é suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo a devolução de salários pagos a assessores de parlamentares contratados sem concurso público.

O vereador Ednaldo Barbosa da Silva , mais conhecido como Naldo do Cell , foi preso por mandados judiciais decretados pela Justiça e vai responder processos por  crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A prisão foi feita no início da tarde por policiais da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deccor) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB.

Segundo o delegado da Deccor , Allan Terruel, as investigações começaram há pouco mais de um mês e  apontaram um esquema de corrupção instalado na Câmara Municipal do Conde. “Começamos a investigar o caso após sermos informados que um vereador teria contratado um assessor e o obrigado a devolver parte dos salários recebidos”, afirmou o delegado.

No decorrer das investigações, a polícia constatou que outros parlamentares adotavam a mesma prática, que é tipificada como crime. “O vereador que contrata e obriga o assessor a lhe devolver parte do salário pratica crime de corrupção. Já o assessor que entrega parte do salário ao vereador pratica crime de peculato e os dois estão praticando lavagem de dinheiro”, explicou Terruel.

Na Paraíba, a Operação Cavalo de Troia foi criada para investigar membros de casas legislativas municipais que usam pessoas para desviar recursos públicos. A operação recebeu este nome em alusão à história grega em que uma estrutura enorme de madeira em forma de cavalo é criada para esconder inimigos em seu interior.

“Assim como ocorre na história greca, o esquema de corrupção nas câmaras municipais também busca esconder em sua estrutura pessoas que praticam crimes contra a administração pública”, explicou o delegado Allan Terruel.

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