Na Operação Calvário, mais uma denúncia do Gaeco contra o ex-governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB). Nessa sexta denúncia, Coutinho é acusado de comprar e reformar o local conhecido como “Canal 40”, por meio de lavagem de dinheiro. Outras seis pessoas ligadas ao ex-governador também foram alvo dessa denúncia do Grupo de Atuação Especial no Combate à Corrupção do Ministério Público do Estado. No “Canal 40” era onde se realizavam gravações e edições de toda a mídia das campanhas do PSB paraibano, incluindo os vídeos do guia eleitoral, e onde haviam reuniões de lideranças políticas.
Também foram denunciados o irmão de Ricardo, Coriolano Coutinho; a irmã, Valéria Vieira Coutinho; e Paulo César Dias Coelho. Embora tivessem firmados termos de colaboração premiada com o MPPB, foram ainda denunciados a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias; o ex-secretário executivo de Turismo do Estado, Ivan Burity; e Maria Laura Caldas.
Na denúncia o MP pede a perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos acusados, e fixação do valor mínimo “para reparação dos danos (materiais e morais) causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido (art. 387, inciso IV, CPP), no caso orçado em R$ 1 milhão e 600 mil, correspondente ao valor mínimo identificado, no presente caso, que foi desviado ilicitamente do tesouro estadual pela Ocrim (via caixa de propina), sendo R$ 100 mil destinados a aquisição do imóvel, R$1 milhão utilizados na execução das obras de reforma do “Canal 40” e cerca de R$ 500 mil gastos com o custeio de despesas ordinárias do prédio”.
Para o MPPB, os recursos empregados na reforma do imóvel e na compra dos móveis teriam sido retirados do “caixa de propina”, investigado na Calvário. Os advogados de defesa de Ricardo Coutinho e de outros réus dessas denúncias têm repetido que eles são inocentes e que, ao se aproximar de um pleito eleitoral, o Ministério Público tem feito denúncia “com fins eleitoreiros”. O Tribunal de Justiça ja acatou denúncia contra o ex-governador, tornado-o réu no processo da Operação Calvário.
Jornalista, radialista e advogado, formado na UFPB, Hermes de Luna tem passagens nos principais veículos de comunicação da Paraíba. É MBA em Marketing Estratégico e em mídias digitais. Apresentador e editor de TV e rádio, também atuou na editoria de portais e sites do estado. Ganhador de vários prêmios de jornalismo, na Paraíba e no Brasil.