Ricardo insinua que há “chantagem” do G10 na ALPB
26 de maio de 2019
Redação

O ex-governador Ricardo Coutinho sugeriu, na noite do sábado, em Cajazeiras, que o governador João Azevêdo rompa com o G 10 (bloquinho), meso que fique com minoria na Assembleia Legislativa. Ele disse que enfrentou uma maioria no primeiro mandato. “Ao dizer que não aceita, tem que agir deixando claro que não aceita e governar com quem é governo”, aconselhou. Ricardo Coutinho argumentou que tem amigos dentro do bloquinho, mas tem que se tratar de política.

Para ele, a maior parte do G 10 se alinha com João Azevêdo, caso o governador cobre uma definição desses deputados, e que a maioria do bloquinho se elegeu por conta das obras e do discurso adotado pelo seu governo. “Dois terços praticamente foram da nossa bancada e ela tem que ter relação com o governo. Eu acho que essa coisa vai terminar numa situação ruim, com os atritos aumentando. Eu não sou governante, mas se eu me visse numa situação como essa, eu gostaria de ter uma definição sim, de quem está ou em não está no governo”, afirmou.

As declarações de Ricardo foram durante entrevista coletiva no município do Alto Sertão. “A mim não cabe qualquer tipo de intervenção. A mim cabe ficar mais calado do que falando”, observou. “Minha lógica é governo, governa. Se precisar de minha colaboração, estou para ajudar, desde que o projeto seja mantido. O projeto tem caminho”.

O ex-governador ainda insinuou que vê chantagem de alguns deputados na formação desse bloquinho. “Se você diz que é governo, porém está no grupo que pode ou não pode seguir as orientações do governo, você quer ser uma espécie de independente, portanto você não é governo. Eu acho que em política ou você é ou não é. Algumas declarações que eu ouvi, eu tenho um certo faro para esse negócio, e eu fico vendo em algumas declarações uma espécie de chantagem”, disse.

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