Que tal isso? Em seis meses, os 27 vereadores de João Pessoa apresentaram 513 projetos de leis, votaram 9 projetos de resolução, 17 de decretos legislativos, 5 medidas provisórias e 38 vetos. Na produção legislativa, contam até os 48 ofícios recebidos, 2 recursos, 1 mensagem, 2 convocações de prefeito ou de secretário. Verdade que ainda apresentaram 11 emendas modificativas, 5 aditivas. Mas o paió de matérias está nos requerimentos. Segundo a própria página da CMJP de João Pessoa, na internet, foram 6.282 requerimentos, que incluem pedidos de obras e serviços.
Antes de mais nada, a foto postada aí é da legislatura passada, quando os vereadores trabalharam…
Muito diferente do que passaram a apresentar, desde a sexta-feira passada quando começaram a veicular publicidade institucional enfatizando um suposto “recorde de produção legislativa”. Logo disso. A legislatura começou cambaleante, continua fraca e não dá sinais de melhora. Continua insistindo em sessões remotas, sem debates, sem discussões e com episódios como aquele em que o vereador levantou uma arma em frente às câmeras.
A atual legislatura, até agora, não disse pra que veio. Certamente, os eleitores quando renovaram parte dos quadros do legislativo municipal, esperavam mudanças de hábito, de estilo e de atuação. Começaram com uma trapalhada, abrindo os trabalhos sem a leitura do chefe do Poder Executivo, como de praxe e de lei, mas usaram (e usam) a velha desculpa da pandemia para se safar das críticas mais severas. Seguiram com outra trapalhada, naquela estória mal contada do pregão para financiar aparelhos celulares de última geração, de uma marca específica, para cada um dos parlamentares.
São raras as exceções dessa legislatura que conseguem se salvar. A maioria está apenas à espera do contracheque no final do mês, que, diga-se de passagem, chega às suas mãos sem o menor esforço, já que fazem de conta que trabalham e o contribuinte finge que eles são seus representantes.