Valor Econômico destaca investimentos na Paraíba
19 de junho de 2014
Redação

O jornal Valor Econômico destacou, em suplemento especial sobre a Região Nordeste, os investimentos realizados na Paraíba. A reportagem frisou que o estado deve receber R$ 5,8 bilhões da iniciativa privada nos próximos anos, com destaque para as quatro novas fábricas de cimento que estão sendo instaladas.

A presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, foi entrevistada pela reportagem e destacou que a vocação econômica da Paraíba vai além do setor cimenteiro. “Temos vocação para os setores têxtil, calçadista, tecnologia da informação, comércio, turismo”, afirmou.

Na matéria, executivos da Votorantim Cimentos, Brennand Cimentos, Alpargatas e Penalty apontaram as potencialidades da Paraíba. “O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região Metropolitana de João Pessoa e Recife”, disse Edvaldo Rabelo, diretor executivo global de Energia, Sustentabilidade e Segurança da Votorantim Cimentos.

Confira a reportagem na íntegra

Paraíba espera R$ 5,8 bi da iniciativa privada

Nos próximos anos, a Paraíba deve receber um total de R$ 5,8 bilhões em investimentos privados, segundo a Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep). O principal investimento será na indústria de cimento, o que deve transformar o Estado no segundo maior produtor do país. Quatro novas fábricas (Brennand, Votorantim, Elizabeth Cimentos e Cimpor – que abrirá sua segunda unidade no mercado paraibano) estão se instalando e uma está em fase de ampliação (LaFarge).

Com isso, a produção de cimento deverá quadruplicar, chegando a 10 milhões de toneladas anuais. Em maio, a Votorantim Cimentos assinou um protocolo de intenções com o governo da Paraíba para a instalação de uma unidade no Estado, com investimento previsto de R$ 700 milhões.

Segundo a empresa, a nova fábrica terá capacidade para produzir 2 milhões de toneladas de cimento por ano, e deve entrar em operação dentro de 24 meses. “Durante a obra serão gerados 1,8 mil postos de trabalho na fase de pico da construção e, na operação da fábrica serão oferecidos 200 postos de trabalho diretos e mil indiretos”, diz Edvaldo Rabelo, diretor executivo global de Energia, Sustentabilidade e Segurança da Votorantim Cimentos.

A logística do Estado, o crescimento expressivo do mercado no Nordeste e a concessão de incentivos fiscais foram determinantes na escolha. “O potencial econômico do mercado paraibano fica evidente em iniciativas como a construção do Distrito Industrial de Caaporã, autorizada recentemente, e na estrutura logística, com a proximidade dos portos de Cabedelo, Recife e Suape e dos aeroportos da Região Metropolitana de João Pessoa e Recife”, diz Rabelo.

Outra cimenteira que vai se instalar na Paraíba é a Brennand Cimentos. A empresa escolheu a cidade de Pitimbu para fincar o pé no mercado nordestino. “Além da facilidade logística para distribuição do cimento pelo Nordeste, especialmente no arco que vai de Alagoas ao Ceará, a Paraíba dispõe de reservas de calcário e demais matérias-primas para a fabricação de cimento e facilidades portuárias para recebimentos de máquinas e outros insumos”, explica José Eduardo Ferreira Ramos, presidente da Brennand Cimentos.

Mas a vocação econômica da Paraíba não se limita ao setor cimenteiro. “Temos vocação para os setores têxtil, calçadista, tecnologia da informação, comércio, turismo”, enumera Tatiana Domiciano, diretora-presidente da Cinep. “O crescimento populacional influencia positivamente a indústria da construção civil e estimula a realização de investimentos em gêneros da indústria de transformação, desde artefatos de inox, granito, pré-moldados, móveis e vestuário, assim como o extrativismo mineral não-metálico”.

A onda de crescimento também atrai investimento externo. “O grupo americano McQuilling Services LLC está investindo R$ 1,9 bilhão na construção de um estaleiro em Lucena, no Litoral Norte. Segundo a empresa, será o maior estaleiro de reparos e docagens de navios do Hemisfério Sul”, comemora Tatiana.

Enquanto isso, a Paraíba se firma como um importante polo de calçados. O Estado abriga importantes unidades de grandes empresas do setor, como a São Paulo Alpargatas e a Penalty. “Decidimos concentrar nossa produção em poucos Estados, em 2006, para ganhar escala”, explica Márcio Utsch, diretor-presidente da Alpargatas. “Na Paraíba, tivemos incentivos fiscais e tínhamos mão de obra bem treinada lá. Apesar do aumento no custo logístico, o ganho de escala com a concentração de operações compensou”. Além da Paraíba, a empresa mantém operações no Rio Grande do Norte, Pernambuco e no Norte de Minas.

Paulo Ricardo de Oliveira, presidente da Penalty, diz que a companhia migrou sua fábrica de chuteiras do interior de São Paulo para a Paraíba há 12 anos, movida a incentivos fiscais e a alta qualidade da mão de obra. “O trabalhador paraibano tem baixo índice de absenteísmo e de turnover”, diz.

Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/3582754/paraiba-espera-r-58-bi-da-iniciativa-privada

Compartilhe: